Bullying
Bullying é uma situação evidenciada por atos agressivos verbais ou físicos de maneira reincidente por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de força ou poder.
O bullying pode ser dividido de duas formas: direto, mais comum entre os agressores do sexo masculino; indireto, mais comum entre mulheres e crianças, tendo como características o isolamento social da vítima. Devido às ameaças ou violência física ou sexual, ou a perda de meios de subsistência a vitima geralmente tem medo do agressor (a).
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer na escola, faculdade/universidade, família, no local de trabalho e entre vizinhos. As escolas tendem desconhecer esse problema ou se recusam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão em geral ocorre em locais onde a presença da supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Incluem-se no bullying os apelidos pejorativos para humilhar os colegas.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais como o respeito á dignidade na pessoa humana, ferem o Código Civil que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor considerando que as escolas prestam serviços aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro da escola/trabalho.
No Brasil têm registros de casos de violência podendo ser destacados casos que chocou o país. Em 2010 um estudante com 15 anos de idade foi morto com um tiro nas costas quando descia de um ônibus na zona norte de Porto Alegre por ser vítima de piadas dos colegas na escola e, por isso teria agredido um colega, amigo do rapaz (também menor de idade), que confessou o crime. Em 2011 um ex-estudante de uma escola Municipal de Realengo-Rio de Janeiro, vitima de bulyling nos anos em que estudou nessa escola voltou para abrir fogo contra os alunos, matando 12 deles. Ex-colegas de classe do atirador disseram ao jornal O Globo que o criminoso sempre apresentou distúrbios de comportamento e sofria constantes intimidações de alunos da sua turma.
Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, como os citados, esse tipo de prática é preocupante por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Dados recentes mostram sua difusão por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos.
Maridete C. Nunes
Maridete C. Nunes
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